O senador eleito pelo Piauí, o deputado federal Marcelo Castro (MDB) disse, durante entrevista ao GP1, neste final de semana, que concorda com o Projeto de Resolução apresentado pelo deputado estadual João Mádison Nogueira (MDB) que propõe o fim da reeleição para presidência da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) a partir de 2019. Castro afirmou que é contra a reeleição para qualquer cargo executivo e acredita que a alternância beneficia o processo democrático.
Ele lembrou que ao chegar à Câmara Federal apresentou um projeto pedindo o fim da reeleição. “Sou contra a qualquer tipo de reeleição de cargo executivo. Quando fui eleito deputado federal o primeiro projeto que apresentei foi acabando a reeleição para prefeito, governador e presidente da República. Está no meu histórico. Então o que o MDB está fazendo agora é uma coisa que tem 100% do meu apoio. Acho que não é saudável para a democracia, não é bom para as forças democráticas, que haja perpetuação de alguém no poder”, avaliou ele.
Marcelo Castro também se reportou ao caso do atual presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Themístocles Sampaio Filho (MDB) que está no comando da Casa, há mais de dez anos. De acordo com Castro, o colega de partido não está cometendo irregularidades, uma vez que, a lei permite a Themístocles estar no cargo.
- Foto: Lucas Dias/GP1Marcelo Castro
“Podem dizer, ‘o deputado Themístocles está há muito tempo no comando da Assembleia’. Mas, legitimamente, a lei permite, a Constituição permite. Agora se o próprio MDB toma iniciativa de apresentar uma emenda à Constituição [projeto de resolução] proibindo a reeleição, eu sou amplamente favorável a isso. Acho que não deveria haver reeleição para cargos executivos em nenhuma hipótese”, enfatizou Marcelo.
O senador eleito voltou a dizer que vai continuar defendendo o consenso na eleição para presidência da Assembleia Legislativa por acreditar que qualquer disputa, mesmo sendo realizada de maneira civilizada, termina causando algum tipo de arranhão entre as partes envolvidas.
Marcelo completou dizendo que o consenso acerca do assunto vai trazer tranquilidade para que o governador Wellington Dias (PT) possa administrar o Estado sem atropelos, podendo contar com o comprometimento de todos os aliados.
“O melhor para esse conjunto de forças políticas que ganhou a eleição agora é que não haja disputa. Por mais civilizada que seja a disputa terminará com alguém magoado e isso não é bom para a governabilidade de Wellington Dias. Tenho certeza que o que está na cabeça do governador é que o ideal para ele é que o presidente da Assembleia seja eleito num grande consenso entre as forças que lhe dão sustentação. Se isso não for possível paciência, vamos para a disputa democrática. Vamos com o Themístocles para a disputa. Mas, trabalharemos no sentido de uma ampla conciliação”, finalizou Castro.
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