Policiais civis prenderam, na manhã desta quinta-feira (07), um homem identificado como Lucas Katsberg, acusado de ser o mandante da tortura contra um morador de rua em Teresina. O crime, que ocorreu no dia 20 de janeiro deste ano, foi gravado e o vídeo foi divulgado nas redes sociais.
Durante a ação realizada pelo Departamento de Prevenção e Repressão de Entorpecentes (Depre), foram presos outros dois indivíduos identificados como Gregório Cassiano da Conceição e Herleson de Sousa, por tráfico de drogas. Os três fazem parte de um grupo conhecido como GDC (Gangue do Celeiro), que é comandado por Lucas. O delegado geral Luccy Keiko explicou que, inicialmente, acreditava-se que a tortura tinha ocorrido por conta de um crime praticado pela vítima na região comandada pelo grupo.
- Foto: Divulgação/Polícia CivilHerleson, Gregório e Lucas
“Uma pessoa foi alvejada com dois disparos de arma de fogo nas mãos durante uma situação de tortura. No vídeo, percebe-se que ele estava sendo castigado por ter cometido algum crime em uma região supostamente dominada por uma quadrilha. Nós investigamos, identificamos a vítima e, então a localizamos, ela não queria denunciar o fato, mas é um crime de ação pública incondicionada e, então nós convencemos ela a prestar depoimento. A vítima então, se dirigiu até a DEPRE e foi ouvida pelo delegado Marcelo Dias”, explicou.
- Foto: Hélio Alef/GP1Luccy Keiko
Entretanto, durante o desenrolar das investigações, foi constatado que o morador de rua, que trabalhava para Lucas, havia consumido R$ 200,00 de entorpecentes que deveriam ter sido vendidos. “Ele narrou todos os detalhes do ocorrido, porque foi alvejada e destoou um pouco do que apareceu no vídeo. A vítima relatou que foi baleada por ter consumido uma droga que seria para vender. Então, a vítima trabalha para indivíduos que seriam traficantes na região”, completou Luccy Keiko.
Os três indivíduos foram presos em uma residência situada no bairro Santo Antônio, zona sul da Capital. Na casa, foram encontradas 15 trouxas de drogas e uma pistola .40. O delegado Marcelo Dias, responsável por coordenar as investigações, ressaltou a dificuldade da polícia em chegar até os acusados.
- Foto: Hélio Alef/GP1Marcelo Dias
“Existe uma grande dificuldade. Lá é uma favela, tem muitas casas, morros. A gente cumpriu vários mandados, entramos em outras residências abandonadas, mas nós não conseguimos prendê-los. Nós temos a informação de que eles possuem muitos olheiros, então, quando a gente ia entrar na favela, por volta de 05h, já havia pessoas na rua com aparelhos celulares dando informações”, concluiu.
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