HGV pode perder médicos residentes por atraso de pagamentos

Os programas de residência médica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) podem ser descredenciados e cerca de 28 médicos residentes poderão ser prejudicados. A decisão foi tomada durante uma plenária na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), após denúncias realizadas pelos profissionais em relação ao atrasado recorrente dos pagamentos das bolsas.

Ao todo, a unidade hospitalar apresenta dez programas de residência: Ortopedia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Terapia Intensiva, Coloproctologia, Cirurgia Vascular, Otorrinolaringologia, Nefrologia e Urologia. Além disso, a prática do programa de Ginecologia Obstetrícia, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, acontece também no HGV.

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• Foto: Lucas Dias/GP1Hospital Getúlio Vargas

Em entrevista ao GP1, a coordenadora de residência médica do hospital, Jozêlda Lemos Duarte, explicou que os pagamentos foram regularizados ontem (19), mas que o documento não foi enviado a tempo da plenária. “Nós já estávamos ontem com um grande compromisso, assinado pela Secretaria de Fazenda, no sentido de manter a regularidade e fixar uma data do pagamento das bolsas. Infelizmente, esse documento foi assinado ontem e quando nós enviamos para a plenária, ela já não acatou”, afirmou.

Agora, foi dado um prazo de trinta dias para que, além do pagamento das bolsas, seja fixada uma data para evitar atrasos posteriores. “Nós entramos em contato com a comissão nacional, através da Marta Rosal, que é presidente do Conselho Estadual de Residência Médica do Piauí (CEREN-PI), e foi nos dado um prazo de 30 dias para nós apresentarmos o recurso para essa decisão. Nós entramos em contato com o secretário de saúde para tomar algumas providências nesse sentido”, completou a coordenadora.

Nesta terça-feira (19), foram pagas as bolsas referentes ao mês de janeiro. Já os meses de novembro e dezembro de 2018 foram pagos no final do mês de janeiro.

Os médicos continuam realizando suas atividades normalmente. Caso ocorra, de fato, o descredenciamento, os profissionais serão transferidos. “Ao descredenciamento, a comissão nacional designa um grupo da câmara técnica para que seja feita essa avaliação da transferência dos residentes. Eles buscam os serviços locais em Teresina que possam receber os serviços e em outros Estados”, finalizou Jozêlda.

Confira a nota:

A Coordenação das Residências Médicas do Hospital Getúlio Vargas (HGV) vem a público comunicar e esclarecer que tivemos nossos programas de residências médicas descredenciados em reunião plenária da CNRM ,ontem em Brasília, porém hoje,após contato do Secretário de Estado da Saúde e dessa Coordenação com a presidente da CEREM-PI ,Dra Marta Rosal, conseguimos um prazo (30 dias) para apresentar recursos e revisão dessa decisão pelo descredenciamento. Enquanto isso, os médicos residentes do HGV, continuam suas atividades normais no Hospital. Essa Coordenação repassará as informações, à medida que os fatos forem ocorrendo. Solicito que aguardem as informações oficiais que são específicas dessa Coordenação,que é o órgão representativo perante à CNRM.