O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP – iniciou nesta quarta-feira (05) os primeiros levantamentos para investigar a morte do sargento Marcos Roberto Freitas, que foi assassinado a tiros na noite de ontem (04) no bairro Porto Alegre, localizado na zona sul de Teresina. Mesmo que os pertences da vítima não tenham sido levados, o caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Em entrevista ao GP1, o delegado Danúbio Dias, responsável pelo inquérito policial, detalhou que a principal testemunha do crime, que estava conversando com a vítima antes de ser atingida pelos tiros, relatou que os criminosos abordaram o sargento anunciando um assalto. Em seguida, o policial sacou sua arma de fogo, porém, os bandidos efetuaram os disparos primeiro.
- Foto: Lucas Dias/GP1Danubio Dias
“As testemunhas entrevistadas, em especial a que estava dialogando com a vítima, afirmou para os investigadores que enquanto ela conversava com ele, os dois indivíduos se aproximaram anunciando o assalto. Então quando a vítima notou que era assalto, sacou a arma e atirou contra os assaltantes. Essas são as informações preliminares. A vítima havia deixado uma encomenda com esta pessoa em questão. Como eles estavam se utilizando do artificio de que estariam trabalhando de delivery, acredito que a vítima não levantou suspeitas, só quando foi anunciado o assalto”, disse.
Hipótese de latrocínio
Ainda segundo o delegado Danúbio Dias, inicialmente a hipótese é que o crime seja um latrocínio – roubo seguido de morte – mesmo que os criminosos não tenham levado nenhum pertence da vítima.
- Foto: Reprodução/WhatsAppSargento Marcos Roberto Freitas
“Nós trabalhamos principalmente com a hipótese de latrocínio, é a hipótese mais considerada, de roubo frustrado. Até o momento não temos nenhum indicio que aponte homicídio, o que temos é esse relato da testemunha”, pontuou o delegado.
Câmeras de segurança
Mesmo com as imagens de câmeras de segurança que mostram a fuga dos criminosos no bairro Porto Alegre, o DHPP ainda vai averiguar a veracidade dos registros e investigar as características físicas dos responsáveis pelo crime.
“Assim, as imagens que tivemos acesso são as imagens veiculadas pela imprensa. Então ainda não sabemos se aquelas imagens são de fato do local do crime, se estão relacionadas ao crime. Esse trabalho inicial está sendo feito pelos investigadores para tentarmos primeiramente a autenticidade dessa fonte de provas, até porque essas imagens irão definir os aspectos físicos dos suspeitos”, ressaltou.
O processo de investigação ainda falta apurar se realmente um dos criminosos foi baleado e deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Promorar. “Eu pedi aos investigadores para verificarem isso, primeiro se tem mancha de sangue de dos suspeitos, se tiver a gente pode concluir. Nós estamos também tentando entrevistar a guarda da UPA do Promorar, mas as imagens mostram um indivíduo mancando. A gente tem a informação de que ele possivelmente tentou buscar socorro lá”, finalizou Danúbio Dias.
Entenda o caso
O sargento da Polícia Militar do Piauí, identificado como Marcos Roberto Freitas, foi morto a tiros, na noite desta terça-feira (04), no bairro Porto Alegre, zona sul de Teresina.
Segundo informações da polícia, o sargento trabalhava no sistema penitenciário. Uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi acionada, mas quando chegou ao local, o policial já estava morto.
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