Um casal identificado como Alice Jovem de Sousa e Ivanilson de Olvieira Diniz foi preso, na tarde desta quarta-feira (18), após o filho de 5 meses, de nome Ian Calebe, ser encontrado morto dentro de casa, localizada no bairro Torquato Neto 4, zona sul de Teresina. O casal foi encaminhado pela Polícia Militar para a Central de Flagrantes para os procedimentos legais.
O bebê e outra criança de 2 anos haviam sido levados pelo Conselho Tutelar para a casa da avó depois de terem sido flagrados em péssimas condições na casa onde viviam. No entanto, as crianças foram levadas de volta para a casa dos pais.
Samara Amaral, que é vizinha do casal, relatou como tudo aconteceu: “Na sexta-feira (13), o Conselho Tutelar levou as crianças de 2 anos e a de 5 meses para a avó, sendo que as outras duas já estavam com ela. Passou sábado (14) e domingo (15) e na segunda (16) trouxeram todos os quatro de volta. Elas ficaram com a avó, mas ela disse que não tinha condições”.
A vizinha contou ainda como era a situação do casal com os quatro filhos de 5 meses, 2, 7 e 10 anos: “Era muito precária, ela saia mais ele [o marido] 7 horas da noite e chegava, duas, três horas da manhã e deixava os quatro filhos sozinhos, um cuidando do outro”.
Segundo Samara, a última vez que o bebê foi visto com vida foi na manhã de hoje: “Nessa madrugada, eles tiveram um ‘pau de briga’ e as crianças no meio da rua pedindo socorro, quando foi 8 horas da manhã de hoje eles brigaram de novo, derrubaram porta e ela com o bebê no colo ainda vivo, depois dessa hora, acalmou tudo, ele [marido] não entrou na casa porque ela disse que ia matar ele. Ela deixou as quatro crianças dentro de casa e saiu, quando ela chegou por volta das 11 horas da manhã, pegou a criança e saiu dizendo que a ela estava morta. Nós chamamos a polícia e o Conselho Tutelar. O povo estava querendo linchar ela”, declarou.
O casal morava há cerca 1 ano e meio no residencial e segundo os moradores são usuários de drogas. “Eu não aguentava mais ver tanto sofrimento das crianças, ela ficava dormindo mais ele e botava as crianças pra pedir comida, água na rua, se não trouxessem as crianças apanhavam. Não sei por que o Conselho não deixou logo as crianças na primeira vez que as levou, porque sabiam que ia dar a mesma coisa”, lamentou.
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