O comandante geral da Polícia Militar do estado do Piauí, coronel Carlos Augusto, suspendeu a portaria da PM que credencia a instituição para investigar crimes contra a vida cometidos por policiais militares. O documento havia sido editado no dia 26 de dezembro, um dia após a morte de Emilly Caetano, em uma abordagem feita por policiais do 5ª Batalhão.
Segundo o comandante, a portaria foi encaminhada na quinta-feira (4) para análise da Procuradoria Geral do Estado e após recomendação, recebida na sexta-feira (5), foi tomada a decisão da suspensão. “Eu resolvi suspender até que a procuradoria analise. Eu suspendi os efeitos da portaria para que a gente deixe de passar para a população essa falsa informação de que uma portaria é capaz de regular procedimentos dentro de uma instituição”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Carlos Augusto
Ainda segundo o coronel Carlos Augusto, mesmo com toda a repercussão em torno da decisão, nenhum procedimento feito pela Polícia Militar é com base em portaria. “Nós fazemos isso com base na lei, na legislação, a lei penal do país, a lei penal militar e o código de processo penal militar. Todos os procedimentos feitos dentro da instituição jamais podem ser feitos por meio de portaria da Polícia Militar. E assim continuará sendo feito”, ressaltou.
“Os policiais serão investigados tanto pela Polícia Civil como pela Militar, como sempre fizemos. Nós temos o código penal militar, que nos obriga a cumprir isso. Nós temos que mandar apurar, investigar e colocar no papel tudo que acontece dentro da corporação”, completou.
Ver todos os comentários | 0 |