Na manhã desta segunda-feira (03), os agentes penitenciários realizaram uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak, localizado no centro de Teresina, com o intuito de chamar a atenção do Governo do Estado em relação as demandas da categoria que ainda não foram atendidas. Caso a classe não tenha as reivindicações cumpridas, poderá ocorrer uma greve já no início de 2019.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, elencou alguns dos problemas que estão sendo enfrentados pelos profissionais. “Nós temos aí o Iaspi Saúde e previdência com problemas em seus repasses, onde vários agentes penitenciários não podem renovar nenhum tipo de empréstimo e temos várias pessoas com o nome no SPC e Serasa por conta disso. Nós temos também o grupo de operações prisionais, que é o COP, com problema de repasse da diária, que está praticamente há nove meses sem esses repasses e a promoção dos agentes penitenciários”, explicou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Kleiton Holanda
Os agentes que atuam no Centro de Operações Prisionais estão custeando o deslocamento para o interior, além de, em muitos casos, custear a própria alimentação e a do detento, denunciou Kleiton Holanda. “O COP é responsável por fazer aquelas audiências no interior do Estado e vice-versa, quando do interior vem para a Teresina. Então todo o deslocamento, segundo a própria lei governamental, o servidor faz jus a sua diária. Só que acumularam por quase nove meses, onde o agente penitenciário está custeando a sua despesa de deslocamento, tirando do próprio bolso, e em determinadas situações, ele está custeando a alimentação do detento”, ressaltou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1As manifestações se estendem por todo o mês de dezembro
Em relação ao concurso, o presidente do sindicato revelou que 150 dos 316 aprovados realizaram o curso de formação e somente 25 foram chamados para trabalhar. “Nós tivemos, em 2016, o concurso do agente penitenciário. Passaram no certame 316 pessoas, 150 fizeram a academia e todos deles estão aptos para trabalhar, só que apenas 25 foram chamados. Além disso, nós temos 166 para realizar o curso. Então nós estamos em uma situação de insegurança e queremos que esses profissionais venham trabalhar, porque existe uma necessidade de 3 mil agentes penitenciários”, concluiu Kleiton Holanda.
Os atos da categoria vão continuar por todo o mês de dezembro. Caso não sejam resolvidos os impasses, os profissionais deflagrarão greve em janeiro de 2019.
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