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Teresina - Piauí

Acusado de matar jornalista é condenado a 16 anos de prisão

O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Noleto. O Ministério Público do Estado foi representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto.

O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal Popular de Júri condenou, na noite de segunda-feira (23), Everardo Ralfa de Sousa a 16 anos em regime fechado pelo homicídio do jornalista Júlio César Macedo Galvão após acidente de trânsito ocorrido em 23 de junho de 2006. O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto.

O julgamento iniciou por volta das 9 horas da manhã e se estendeu durante todo o dia, se encerrando na madrugada dessa terça-feira (24). O Ministério Público do Estado foi representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto. Foram ouvidas oito testemunhas e o réu, que assumiu o acidente, mas negou a culpa e afirmou que tentou prestar socorro à vítima.


Everardo contou ainda que bateu a cabeça no volante do carro ficando desorientado, que tentou ligar para o Samu (192), no entanto estava discando 194. Em seguida saiu do carro, foi até o veículo da vítima, não viu sangue, reparou que Júlio estava de cinto e que se encontrava vivo. Everardo declarou que populares e seguranças da Chesf disseram para ele ir embora, por isso se evadiu. Ele confirmou ainda que havia saído de uma festa da copa no bairro Saci, mas negou que tenha ingerido bebida alcoólica.

  • Foto: Arquivo pessoalJornalista Júlio César Macedo GalvãoJornalista Júlio César Macedo Galvão

A condenação era bastante aguardada pela família. “Ele pegou 16 anos de cadeia depois de muita luta. Os jurados, graças a Deus eram pessoas conscientes e o processo não tinha nada para esconder. É regime fechado e é um caso de crime no trânsito, essa é a importância maior, para as pessoas poderem se conscientizar que também é crime, mata e a condenação tem que ser igual aos outros. Ele não saiu de lá preso, mas é assim mesmo com a nossa Justiça”, disse um membro da família que preferiu não se identificar.

Apesar da demora para o julgamento, o resultado deixou a família satisfeita. “Estamos satisfeitos, apesar de tudo, depois de 12 anos né. A gente queria que ele tivesse saído de lá preso, mas depois de tudo que passamos, gostamos do resultado. Só temos a agradecer a todo o apoio que recebemos”, finalizou.

O acidente

Everardo retornava do bairro Saci, localizado na zona sul de Teresina, no dia 23 de junho de 2016, onde estava assistindo a um jogo da Copa do Mundo, quando colidiu com o Gol do jornalista Júlio César Macedo Galvão.

O acusado bateu na traseira do carro do jornalista. O acidente ocorreu na Avenida Henry Wall de Carvalho, próximo a uma fábrica de biscoitos.

O Gol foi arrastado por cerca de 50 metros. Júlio foi levado ao Hospital do Prontomed com ferimentos graves e, em seguida, internado na UTI do Hospital São Marcos onde morreu quatro dias depois do acidente.

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