A Organização Não Governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou, nesta sexta-feira (13), que, ao longo dos últimos 20 anos, mais de 1,7 mil jornalistas foram mortos ao redor do planeta, muitos deles enquanto trabalhavam. Segundo o diretor-geral da RSF, Thibaut Bruttin, esse número alarmante se deve a um cenário de conflitos e interesses políticos que buscam promover a censura da imprensa:
“Os jornalistas não morrem, eles são mortos; eles não estão na prisão, os regimes os jogaram lá; eles não desapareceram, foram sequestrados. Esses crimes, muitas vezes cometidos por governos ou grupos armados, desrespeitam o direito internacional e frequentemente ficam impunes. Temos que mudar o jogo, lembrando-nos de que é para informar a nós, cidadãos, que os jornalistas morrem. Continuemos a contar, a nomear, a denunciar, a investigar, a garantir que a justiça seja feita. A fatalidade nunca deve triunfar. Proteger aqueles que nos informam é proteger a verdade.”
Os locais mais perigosos para jornalistas
O relatório aponta que, atualmente, Gaza é a região que representa o maior perigo para a profissão, pois as forças armadas israelenses já foram responsáveis por um terço das mortes de jornalistas somente em 2024.
Zonas de conflito armado são os locais onde os jornalistas mais sofrem com assassinatos, sequestros e torturas. Nos últimos cinco anos, 57,4% dos profissionais assassinados estavam cobrindo conflitos em regiões como Oriente Médio, Iraque, Sudão, Birmânia e Ucrânia.
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