O ex-jogador de futebol Mikheil Kavelashvili, de 53 anos, foi eleito presidente da Geórgia neste sábado (14). O ex-atacante do Manchester City concorreu pelo partido governista Sonho Georgiano, sem enfrentar adversários, já que a oposição boicotou a eleição e não lançou candidatos.
Kavelashvili recebeu 224 votos em meio a uma grave crise política que afeta o país. A presidente em exercício, Salomé Zurabishvili, condenou o processo eleitoral como "ilegítimo" e declarou que se recusará a entregar o cargo até que sejam realizadas novas eleições legislativas.
A Geórgia enfrenta uma crise institucional desde as eleições parlamentares de 26 de outubro, que a oposição considera fraudulentas. Além disso, a decisão do governo de adiar as negociações para adesão à União Europeia (UE) até 2028 intensificou as tensões.
A política externa é uma das principais fontes de discordância. A oposição acusa o partido Sonho Georgiano, fundado pelo bilionário Bidzina Ivanishvili, de adotar uma postura autoritária e alinhada à Rússia. Por outro lado, Zurabishvili, ex-diplomata francesa de 72 anos, tornou-se uma figura central da oposição pró-Europa.
Como jogador, Kavelashvili atuou pelo Manchester City antes da era dos grandes investimentos árabes. Ele disputou 29 jogos pelo clube inglês, marcando apenas três gols. Após deixar o City, transferiu-se para o futebol suíço, onde jogou por Grasshoppers, FC Zurich, Basel e United Zurich, encerrando sua carreira em 2006. Pela seleção da Geórgia, disputou 43 partidas, marcando seis gols.
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