Em nova legislação aprovada pelo parlamento nessa terça-feira (13), a Nova Zelândia proíbiu que as próximas gerações, com pessoas nascidas depois de 2009, comprem cigarros ou qualquer outro produto derivado do tabaco. A partir do próximo ano, o país adotará gradualmente a proibição quase total do tabaco.
O número de varejistas permitidos para vender tabaco também vai ser reduzido, passando do 6 mil para 600 até o final de 2023. Estima-se que até 2025 o país esteja “livre do fumo”.
A proposta é que em 2050 as pessoas de 40 anos já não poderão comprar cigarros. A ministra da Saúde, Ayesha Verral, que apresentou o projeto, defendeu a ação, que representa um passo “em direção a um futuro sem fumo”. A taxa de nicotina nos produtos também será reduzida.
"A nicotina será reduzida a níveis não viciantes e as comunidades estarão livres da proliferação e aglomeração de varejistas que visam e vendem produtos de tabaco em certas áreas", disse Verrall.
Para a ministra, a lei garante um futuro em que milhares de pessoas viverão de forma mais saudável, além de uma economia em US$ 5 bilhões no sistema de saúde com redução de despesas no trato de doenças causadas pelo fumo. Especialmente câncer, ataques cardíacos, derrames e amputações.
Segundo críticos do texto, a política de restrição da venda e consumo do tabaco pode acabar fomentando o mercado negro do produto, além de acabar com pequenas lojas.
No entanto, o projeto não restringe o uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, de uso bastante entre os jovens neozelandeses.
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