A Polícia Federal no Maranhão deflagrou, entre os dias 3 e 12 de dezembro, a Operação Liberdade e Dignidade. Ao todo, a ação resultou no resgate de 19 trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão no interior do estado. Além da PF, a operação foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho no Maranhão e a Superintendência do Trabalho e Emprego no estado.
A primeira parte da ação ocorreu em uma fazenda na zona rural de Lago da Pedra. No local, foram resgatados nove trabalhadores em condições degradantes de trabalho, que incluíam alojamentos subumanos, fornecimento de água imprópria para consumo e várias irregularidades trabalhistas.
Na segunda parte, mais 10 trabalhadores foram resgatados em uma fazenda de plantação de soja em São Francisco do Maranhão. Nesse local, os trabalhadores foram encontrados alojados em condições degradantes e/ou obrigados a cumprir uma jornada exaustiva de trabalho.
A Operação Liberdade e Dignidade é resultado de uma ação integrada entre a Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego, que visa combater a exploração laboral por meio de uma atuação conjunta nas áreas trabalhista, cível e criminal.
Além de serem resgatados, os trabalhadores receberam as verbas trabalhistas e rescisórias devidas. As únicas informações fornecidas pelo governo a respeito dos empregadores que impuseram essas condições de trabalho degradantes indicam que foram realizados acordos para que eles pagassem indenizações por danos morais individuais e coletivos aos trabalhadores, como medida de reparação pela situação exploratória à qual foram submetidos.