A juíza Jamee Comands, do Tribunal de Imigração de LaSalle, na Lousiana, decidiu nessa sexta-feira (11) que o Governo Trump pode deportar o estudante da Universidade de Columbia Mahmoud Khalil, organizador de protestos pró-palestinos. Ele foi preso no mês passado na cidade de Nova York, após ter o green card, documento que permite sua estadia nos EUA, revogado.
Embora a juíza de Imigração tenha autorizado a deportação, o Tribunal Federal em New Jersey ainda deve analisar o caso, especialmente pelas alegações do estudante de que a detenção viola os direitos previstos pela Primeira Emenda e liberdade de expressão. Um juiz da Corte Federal ordenou que Mahmoud Khalil permaneça no país enquanto o caso é analisado.

Khalil nasceu em um campo de refugiados palestinos na Círia, possui cidadania argelina, e em 2024 conquistou o documento de residente permanente dos EUA após se casas com uma cidadã americana.
A medida para revogar o green card foi anunciada na época da prisão do estudante pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ele também disse que a presença de Khali no país gera “consequências adversas potencialmente graves para a política externa. “Revogaremos os vistos e/ou green cards de apoiadores do Hamas na América para que eles possam ser deportados”, declarou.
Em uma carta de duas páginas divulgada pelo Governo Trump e assinada pelo secretário consta que o estudante deveria ser removido por sua influência sobre “protestos antissemitas e atividades perturbadores, que fomentam um ambiente hostil para estudantes judeus nos Estados Unidos”.
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