O Hamas anunciou que vai adiar a liberação de reféns programada para o dia 15 de fevereiro, devido a alegações de que Israel não cumpriu as condições do cessar-fogo nas últimas três semanas, segundo o porta-voz do grupo, Hudhaifa Kahlout (Abu Obeida).
Entre as alegações estão o atraso no retorno dos deslocados para o norte da Faixa de Gaza, o bloqueio de ajuda humanitária e ataques a deslocados com tiros e bombardeios. O Hamas afirmou que, apesar de ter cumprido com suas obrigações, Israel não respeitou as condições do acordo. O grupo exigiu uma compensação retroativa pelas violações alegadas, informando que não libertará os reféns até que Israel se comprometa a compensar essas falhas.
![Bandeira de Israel](/media/image_bank/2024/10/bandeira-de-israelnone.jpeg.1200x0_q95_crop.webp)
Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, o anúncio do Hamas é uma violação do acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar os reféns, afirmando, ainda, que “instruiu as Forças de Defesa de Israel (FDI) a se prepararem, no mais alto nível de alerta, para qualquer cenário possível em Gaza e a proteger as comunidades.”
O governo israelense negou estar descumprindo qualquer item do acordo. Contudo, o grupo terrorista também causou insatisfação em Israel pela maneira como vem liberando os reféns. Eles são obrigados a dar declarações de interesse do grupo, em meio a uma multidão mascarada, armada, raivosa e ameaçadora.
Desde a primeira libertação do cessar-fogo de 20 de janeiro, cerca de 13 israelenses e cinco tailandeses deixaram o cativeiro. Contudo, ainda faltam 20 israelenses para completar a primeira etapa. No último sábado (08), os reféns Or Levy, Eli Sharabi e Ohad Ben Ami, que estavam em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023, foram libertados.
A imagem desses reféns, que pareciam muito debilitados, gerou grande repercussão, bem como comparações entre o estado físico deles e o de vítimas do Holocausto, devido à aparência visivelmente fragilizada.
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