O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexandr Glushkó, declarou na sexta-feira (24) que a Otan deve garantir a renúncia da Ucrânia à adesão à aliança como condição essencial para a resolução do conflito iniciado pela invasão russa.
"Para nós, essa renúncia da Ucrânia à entrada na Otan é um dos elementos-chave para um possível acordo sobre o conflito, um ponto diretamente relacionado às causas que originaram essa crise", afirmou Glushkó.
Ele ainda ressaltou que a perspectiva de a Ucrânia integrar a Otan impede qualquer possibilidade de a Rússia declarar o fim da guerra, comprometendo a paz na região. "A possível adesão da Ucrânia à Otan exclui a possibilidade de alcançar a paz na Ucrânia e, de forma mais ampla, de criar uma arquitetura de segurança sustentável para a região", argumentou.
A Rússia classifica como "catastrófica" e potencialmente perigosa para a Europa a decisão da cúpula da Otan, realizada em Bucareste em 2008, que abriu caminho para a futura adesão da Ucrânia e da Geórgia. "Se essa formulação não for revista, permanecerá uma ambiguidade inaceitável para nós, quando falamos sobre a necessidade de uma solução viável, sustentável e duradoura para o conflito na Ucrânia e seus arredores", alertou o vice-ministro.
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