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Rússia diz que primeira fase da operação na Ucrânia está perto do fim

Em um mês de guerra, tropas de Vladimir Putin não conseguiram conquistar principais cidades da Ucrânia.

A primeira fase da operação militar da Rússia na Ucrânia está quase concluída, disse o Ministério de Defesa russo nesta sexta-feira, 25. Com isso, o foco da Rússia é movido para o leste ucraniano. Esse pode ser um sinal de que Moscou mudou a sua estratégia, em meio a grandes perdas e uma campanha de campo de batalha paralisada.

Segundo autoridades americanas, a declaração do chefe do principal departamento operacional do Estado-Maior russo, Sergei Rudskoi, indica que a Rússia pode estar reavaliando os objetivos na guerra da Ucrânia. Após um mês da invasão, a capital Kiev e o estratégico porto de Odessa seguem sob controle ucranianos. Os russos até o momento não ocuparam nenhuma grande cidade ucraniana, apesar de manter cercos a Chernihiv, Kharkiv e Mariupol. A maior vitória estratégica russa ocorreu no Mar Negro, onde tropas do Kremlin tomaram as cidades de Kherson e Melitopol.


Autoridades ocidentais e analistas militares dizem que a operação russa destacou a incapacidade do país de funcionar em vários eixos e mostrou seu fracasso em tomar território significativo. Eles ressaltam as falhas no planejamento do Exército russo e na execução das missões, incluindo escassez de suprimentos e condições desmoralizantes para os soldados.

Nos últimos dias, a Ucrânia tem saído da posição de defesa e realizado ataques contra os russos em diversas frentes. As tropas ucranianas explodiram helicópteros russos estacionados no sul e, nesta quinta-feira, 24, alegaram ter destruído um navio da marinha inimiga no Mar de Azov.

Tropas ucranianas também atingiram um comboio de reabastecimento russo no Nordeste. Autoridades ocidentais e ucranianas também reivindicaram progresso nos combates violentos em torno de Kiev.

Apesar dos resultados do contra-ataque serem difíceis de serem avaliados de maneira real, são ações úteis para a mensagem do país aos cidadãos e ao mundo: a Ucrânia mostra que enfrenta a luta contra um inimigo com números e armamentos superiores, não apenas se retraindo.

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