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Internacional

Presidente Barack Obama amplia sanções à Rússia

Presidente americano diz que diplomacia continua e promete, junto com a UE, pressionar Moscou.

Imagem: Charles Dharapak/APClique para ampliar Obama anuncia novas medidas contra a Rússia(Imagem:Charles Dharapak/AP) Obama anuncia novas medidas contra a Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira, 20, novas sanções à Rússia em razão da anexação da Península da Crimeia a seu território.

Segundo Obama, funcionários russos do alto escalão político serão atingidos pelas novas restrições. O presidente americano também revelou ter assinado uma ordem executiva que pode implicar novas punições, não apenas a membros do governo russo, mas a setores econômicos inteiros do país.

Em pronunciamento na Casa Branca, Obama disse que a diplomacia continua para resolver a crise na Ucrânia e prometeu acentuar os esforços com seus aliados europeus para pressionar Moscou.

"As nações não podem simplesmente redesenhar suas fronteiras", declarou o presidente. "Mais agressões (de Moscou) só vão isolar ainda mais a Rússia do resto do mundo."

Na quarta-feira, o presidente americano descartou qualquer ação militar de seu país após a anexação da Crimeia à Rússia. "Não vamos fazer uma incursão militar na Ucrânia. Acho que inclusive os ucranianos reconhecerão que enfrentar-nos militarmente com a Rússia não seria apropriado para nós e também não seria bom para a Ucrânia."

Para Obama, a atuação do presidente russo, Vladimir Putin, mostra "fraqueza" e não "força", depois que ele interviu militarmente e anexou a região com base em um referendo que não tem reconhecimento internacional. O líder americano acredita que Putin "não está confortável" com o fato de os países que foram membros da União Soviética se aproximarem das potências ocidentais.

Aprovação. A Duma, Câmara baixa do Parlamento russo, aprovou nesta quinta o tratado de anexação da Península da Crimeia à Federação Russa. Apenas um dos 444 deputados votou contra a medida. Ilia Ponomarev, do partido de centro-esquerda Rússia Justa chamou de "grande erro" a anexação e disse que Moscou estava "se apressando" ao aceitar a Crimeia na Federação russa.

O texto será agora votado pelo Senado russo. Segundo o chanceler Sergei Lavrov, a anexação deve estar juridicamente concluída. Mais cedo, o Tribunal Constitucional da Rússia decidiu que o citado tratado está de acordo com a Carta Magna do país.
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