A partir desta quarta-feira (12) começa a valer a tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil impostas pelos Estados Unidos. A medida, anunciada pelo presidente americano Donald Trump em 10 de fevereiro, se aplica a todos os países que exportam esses produtos para o mercado norte-americano.
Os Estados Unidos são um dos principais destinos do aço brasileiro. Em 2023, o Brasil exportou um total de US$ 11,9 bilhões em ferro fundido, ferro e aço, dos quais US$ 5,7 bilhões – cerca de 48% do total – foram destinados aos EUA. Em volume, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os americanos, com 4,5 milhões de toneladas, ficando atrás apenas do Canadá, segundo o Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI).
No setor de alumínio, os EUA também tiveram grande relevância para o Brasil. No ano passado, o país recebeu US$ 267 milhões em embarques brasileiros, o equivalente a 17% das exportações nacionais do setor, que totalizaram US$ 1,6 bilhão.
Governo brasileiro busca alternativas
Diante da nova taxação, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão em diálogo com autoridades dos EUA para tentar reverter ou mitigar os impactos da medida. Desde a semana passada, os representantes brasileiros participam de uma série de reuniões para discutir possíveis alternativas.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2023, a corrente de comércio entre os dois países (soma das importações e exportações) foi de US$ 81 bilhões, com um leve déficit de US$ 282 milhões para o Brasil.