Nesta segunda-feira (10), a estatal responsável pelo abastecimento de eletricidade em Cuba admitiu, em comunicado, que a oferta não está suprindo a demanda nos horários de pico. Assim, a energia elétrica entrou para a lista de serviços que a ditadura do país não consegue fornecer.

O texto admite ainda que o abastecimento permaneceu afetado entre as 6h30 da manhã de 9 de março e a madrugada de hoje, contudo, o relato sobre a falta de eletricidade no território cubano é constante. A estatal alega que a demanda é quase duas vezes maior que a oferta de energia elétrica disponível em Cuba no horário de pico.

“Estima-se uma disponibilidade máxima de 1.760 MW e uma demanda máxima de 3.200 MW, resultando em um déficit de 1.440 MW.”

A Agência Internacional de Energia informou que 95% da força elétrica de Cuba provém de fontes não renováveis, onde as duas maiores fontes utilizadas no país são o petróleo, com 83%, e o gás natural, com 12%. Em 2022, a produção nacional fechou em cerca de 1 MWh por habitante. Esse volume corresponde a pouco mais de um terço da oferta do Brasil por morador (2,7 MWh) no mesmo período.

Os dados mostram uma queda acentuada na disponibilidade de energia em Cuba. A oferta de energia elétrica por habitante em 2022 foi a menor em 23 anos, já os balanços de 2023 e 2024 ainda não foram divulgados.