Nessa terça-feira (18), a oposição da Venezuela denunciou que a Embaixada da Argentina em Caracas, onde cinco opositores do regime de Nicolás Maduro na Venezuela permanecem asilados desde março de 2024, ficou sem energia após o colapso do gerador que abastecia o local. A sede diplomática, protegida pelo Brasil após a expulsão da equipe argentina, está sem fornecimento de eletricidade desde que os dissidentes buscaram refúgio no local, o que a oposição considera uma medida deliberada do regime chavista para pressionar os asilados.

Os cinco opositores asilados na sede diplomática são Magalli Meda, Claudia Macero, Ómar González, Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, todos ligados a María Corina Machado e perseguidos pelo regime chavista sob acusações de conspiração e traição à pátria. O líder opositor Edmundo González Urrutia e a líder política María Corina Machado comentaram a situação, classificando-a como tortura, além de acusarem o regime de Maduro de intensificar o cerco contra os refugiados.

Foto: Reprodução/Instagram
Nicolás Maduro

A Plataforma Unitária Democrática (PUD) divulgou um comunicado informando que o gerador elétrico, que mantinha a Embaixada da Argentina em Caracas com energia desde novembro do ano passado, parou de funcionar na madrugada desta terça-feira (18). O grupo opositor também ressaltou que, nos últimos três meses, o gerador funcionava de forma racionada, pois a estatal elétrica Corpoelec se apropriou dos fusíveis da sede argentina, restringindo ainda mais o acesso à eletricidade.

O governo brasileiro assumiu a proteção da Embaixada da Argentina em Caracas em agosto de 2024, após a expulsão do corpo diplomático argentino pelo regime de Maduro. Contudo, em setembro, o ditador venezuelano revogou a autorização para que o Brasil assumisse oficialmente essa função, dificultando ainda mais a proteção dos asilados.