Nessa terça-feira (18), o grupo terrorista Hamas anunciou que libertará os últimos seis reféns vivos, o que finalizará a primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel. Ainda segundo o Hamas, na quinta-feira (20) serão enviados ao território vizinho quatro corpos, entre eles o da família Bibas, composta pela mãe Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel e Kfir, que hoje teriam dois e cinco anos, respectivamente. O anúncio foi realizado pelo chefe da sua delegação de negociação, Khalil al-Havya.
Kfir era o refém mais jovem sequestrado em 7 de outubro de 2023, quando tinha apenas 9 meses, e há mais de um ano não havia confirmações de seu paradeiro. Em novembro de 2023, o braço armado do Hamas afirmou que os três familiares tinham morrido em um ataque israelense no enclave, contudo, Israel não pôde confirmar a informação. O pai das crianças, Yarden Bibas, foi liberado com vida no dia 1º de fevereiro, após 16 meses de cativeiro.
Conforme o acordo, cada um dos reféns será trocado por 77 prisioneiros palestinos, incluindo 47 dos mil que foram libertados no chamado acordo Shalit de 2011 e presos novamente algum tempo depois.
Entre as vítimas vivas do grupo terrorista que serão libertadas estão o etíope-israelense Ebra Magesto, que está em cativeiro desde 2014, e o beduíno Hisham al-Sayed, que é mantido refém desde 2015, ambos há quase uma década, após entrarem voluntariamente na Faixa de Gaza. Os quatro reféns sem vida serão transportados para o Centro Nacional de Medicina Forense de Abu Kabir, em Jaffa, por meio de ambulâncias das Forças de Defesa (FDI) para identificação.
O Hamas informou que, na fase dois, que envolve a libertação dos reféns restantes, será exigido o fim da guerra. Contudo, as autoridades israelenses afirmam que não aceitam o pedido enquanto o grupo terrorista permanecer em Gaza.