De volta ao futebol brasileiro, Gustavo Scarpa foi apresentado pelo Atlético-MG e desabafou sobre o caso das criptomoedas com o seu antigo companheiro de clube, William Bigode. O meia-atacante, que foi vítima de um golpe, revelou que ainda tem esperança que a Justiça será feita e declarou que prefere não comentar sobre o colega.
“Tenho acompanhado todo esse caso aí, quase todo dia. Estou esperando a Justiça ser feita. É um processo que demandou muita atenção, muito foco da minha parte, muita energia, e eu acredito ainda que eu vou conseguir resolver essa situação. Acompanhei a entrevista dele. Prefiro não comentar sobre, apesar da vontade que eu tenho de comentar, de falar tudo que eu penso dele, de tudo que ele fez”, declarou Scarpa.
Gustavo Scarpa também ressaltou que acredita que sua volta para o Brasil possa facilitar no andamento do caso na Justiça. “Acredito que a Justiça será feita, a minha volta ao Brasil espero também que influencie de alguma forma nisso, mas é isso”, pontuou o meia-atacante.
Relembre o caso
Gustavo Scarpa e Mayke moveram um processo contra a empresa de William Bigode, WLJC Consultoria e Gestão Empresarial e a Xland Holding, por golpe. De acordo com o processo, a sugestão de investimentos na Xland partiu de Willian e de sua sócia Camila Moreira. Scarpa aplicou R$ 6,3 milhões, enquanto o lateral e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4,5 milhões.
Após os valores aplicados os problemas com a XLand começaram e em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso. Após seguidas negativas e adiamentos da empresa. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido.
Decisão
O juiz Daniel Fadel de Castro, alegou que apesar do documento ser assinado somente com a XLand não tira os prejuízos causados pela empresa de Wiliam e suas sócias na WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, pois foram os interlocutores na negociação.
“O fato de o contrato ser formalizado pelo autor apenas com a empresa Xland não afasta a eventual responsabilidade solidária da WLJC pelos alegados prejuízos materiais causados ao consumidor, eis que aproximou o cliente da prestadora de serviços e, portanto, participou da cadeia de fornecedores, sobrevindo daí, em tese, sua legitimidade solidária pelos danos porventura sofridos pelo consumidor”, explicou o juiz.
O advogado de William, Bruno Santana, entrou nesta sexta-feira (30) com Embargos de Declaração, por entender que há contradição e omissão na decisão do magistrado. Os argumentos são de que não há clareza se o único contrato firmado foi com a Xland ou demais réus, bem como, não ter o juízo estendido a decisão a todos os réus do processo.