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Caetano Veloso é impedido de tocar em ocupação do MTST

“Eu vivi o período oficialmente não democrático, não é bom para mim ser impedido de cantar", disse o cantor.

Após ser proibido de fazer um show na ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), em um terreno em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O cantor Caetano Veloso criticou a decisão da Justiça e disse que esta foi a primeira vez desde a redemocratização do País que ele foi impedido de cantar.

"No período democrático creio que não. É a primeira vez (que sou impedido de cantar). Eu vivi o período oficialmente não democrático, não é bom para mim ser impedido de cantar", disse o cantor na noite desta segunda-feira (30), na ocupação que reúne cerca de 8 mil famílias.


De acordo com informações do Uol, um palco havia sido montado para receber Caetano, que chegou ao local pouco antes das 19h seguido por outros artistas, como as atrizes Letícia Sabattela, Sônia Braga, Alinne Moraes e Paula Lavigne e os cantores Crioulo e Emicida. O show, que seria gratuito, não aconteceu.

  • Foto: Facebook/Caetano VelosoCaetano Veloso e outros artistas visitaram ocupação em SPCaetano Veloso e outros artistas visitaram ocupação em SP

Horas antes do show, a juíza Ida Inês del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo, concedeu uma liminar a pedido do Ministério Público Estadual proibindo o show por falta de segurança no local. O líder do MTST, Guilherme Boulos, decidiu respeitar a decisão e o show virou um ato de protesto no qual os artistas declararam apoio à ocupação e criticaram o veto ao evento.

"Nós viemos aqui com vontade de cantar e com a missão de cantar para mostrar solidariedade ao movimento que vocês levam à frente. Mas, como vocês já sabem, manobras legais foram feitas para que o show não pudesse acontecer, mas nó estamos aqui juntos", disse Caetano.

Após o ato o cantor criticou a decisão da Justiça. "Eu não sou técnico em processos legais, não posso julgar. Eu me sinto mal, dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático", disse. "É um modo de reprimir uma ação que seria legítima”, completou.

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