A prévia da inflação de agosto, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,28%, acima das expectativas do mercado. O índice foi influenciado pelo aumento dos preços da energia elétrica e dos itens de higiene pessoal. No ano, a inflação acumulada é de 3,38%. Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta sexta-feira (25).
O grupo de habitação teve a maior variação (1,08%) e o maior impacto (0,16 ponto percentual) no IPCA-15 de agosto. O principal motivo foi a alta de 4,59% na energia elétrica residencial, que deixou de ter o desconto do bônus de Itaipu. Esse bônus era uma compensação pela redução da produção da usina hidrelétrica.
Outro grupo que contribuiu para a inflação foi o de saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,60% e teve um impacto de 0,06 ponto percentual. Dentro desse grupo, os itens de higiene pessoal tiveram um aumento expressivo, passando de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Segundo o IBGE, isso se deve à menor oferta de produtos em função da pandemia.
Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas foi o único que apresentou queda nos preços (-0,65%) e uma contribuição negativa (-0,14 ponto percentual) para o IPCA-15. A principal causa foi a deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já vinha caindo nos meses anteriores. Os alimentos que mais baixaram foram as frutas (-5,51%), o tomate (-4,89%) e a batata-inglesa (-4,42%).
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