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Economia e Negócios

Inflação na Argentina deve terminar o ano em 95%

País é a 3ª maior economia da América Latina e o problema inflacionário já é considerado crônico.

Na sexta-feira (9), o Banco Central da Argentina divulgou uma pesquisa que aponta para uma inflação recorde no ano de 2022. Segundo a pesquisa, as estimativas estão beirando os 95%.

Na nova previsão é apontada uma variação no Índice de Preços ao Consumidor de 4,8 pontos percentuais, sendo superior à estimativa do mês anterior. A Argentina é a terceira maior economia da América Latina, e sofre há um tempo notório com a alta dos preços.


O problema inflacionário do país já é considerado crônico. O economista, Roberto Dumas, afirma que a situação foi agravada pelo choque de oferta com a guerra da Ucrânia, que impactou nos preços de fertilizantes e do gás natural. “A Argentina tem um problema crasso. Quer fazer um populismo inócuo. Outros países também já tentaram. Tentou trazer as benesses, fazer política fiscal expansionista sem ter dinheiro”, afirmou Dumas em entrevista à CNN Brasil.

“Mesmo tendo o Sergio Massa, num jogo político entre o presidente e a vice-presidente do país para amenizar a crise institucional, isso não alegou muito a população do país, que continua indo para o dólar e desistindo da própria moeda. E aí essa moeda deprecia ainda mais e gera inflação”.

Os analistas consultados pelo BC do país acreditam que até o próximo ano a taxa de inflação anual deve chegar a 84%, e cair para 63% em 2024, segundo a pesquisa.

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