As Bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta terça-feira, 8, tentando se recuperar das perdas de segunda, enquanto investidores avaliam as chances de o Ocidente adotar sanções mais severas contra a Rússia, em meio aos ataques na Ucrânia.
Há relatos também de que a União Europeia (UE) poderá lançar bônus para financiar gastos com energia e defesa. No fim de semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou que Washington vem discutindo com aliados europeus a possibilidade de banir a importação de petróleo e de gás natural russos, em mais uma sanção pela invasão da Ucrânia.
Os EUA, no entanto, podem tomar a iniciativa de punir ainda mais a Rússia por conta própria, sem participação da Europa, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Na segunda, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse se opor ao corte de compras de energia da Rússia.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o Reino Unido precisa reduzir sua dependência de produtos de energia russos e prometeu anunciar uma estratégia "nos próximos dias".
Para lidar com os efeitos da guerra russo-ucraniana, a UE poderá anunciar também ainda nesta semana planos de lançar uma grande emissão conjunta de bônus para bancar despesas com energia e defesa, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg.
No noticiário macroeconômico, a Eurostat confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2021, mas num momento em que a atividade econômica sofre as pressões dos conflitos no Leste Europeu. A indústria alemã, por sua vez, teve desempenho bem melhor do que o esperado em janeiro, com alta de 2,7% na produção ante o mês anterior.
Às 7h37 (de Brasília), a Bolsa de Frankfurt subia 0,54% e a de Paris avançava 1,14%, enquanto a de Londres caía 0,08%, depois de oscilar nas últimas horas. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 2,28%, 2,42% e 1,86%, respectivamente. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,0873, de US$ 1,0868 no fim da tarde de ontem, enquanto a libra subia a US$ 1,3127, de US$ 1,3109 ontem.
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta terça. Na China continental, as perdas foram mais expressivas: o Xangai Composto teve queda de 2,35%, a 3.293,53 pontos, atingindo seu menor patamar desde novembro de 2020, e o menos abrangente Shenzhen Composite caiu 2,89%, a 2.139,67 pontos.
A Bolsa do Japão recuou 1,71%, a 24.790,95 pontos, enquanto a de Hong Kong se desvalorizou 1,39%, a 20.765,87 pontos. Na Coreia do Sul, o índice cedeu 1,09%, a 2.622,40 pontos, e Taiwan registrou baixa de 2,06%, a 16.825,25 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia e de Wall Street, e o S&P/ASX 200 caiu 0,83% em Sydney, a 6.980,30 pontos.
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