O dólar opera nesta manhã em queda, de cerca de 0,6%, cotado a R$ 5,27, em meio a um tom de otimismo nos mercados internacionais, que têm expectativa sobre possível anúncio de pacote fiscal do presidente eleito Joe Biden nos Estados Unidos.
O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, diz que o fluxo cambial segue positivo e ajuda na queda em meio a baixo volume de negócios e expectativas sobre o novo pacote fiscal americano. Nagem atribui o dólar fraco ainda à expectativa de vacinação contra covid-19 em massa no mundo, perspectivas de juros baixos no exterior e à fuga de capitais para mercados emergentes, que podem subir juros e atrair capitais estrangeiros.
"O mercado devolve ainda exageros da semana passada e na segunda-feira, quando o dólar subiu a R$ 5,51", comenta. Limitam a queda ainda, segundo ele, a perspectiva de que Reino Unido deve proibir o ingresso de brasileiros no país, a possibilidade de novo lockdown em São Paulo e os ruídos envolvendo possível troca de comando no BB.
A moeda americana acumula valorização de cerca de 30% nos últimos 12 meses. Há um ano, em janeiro de 2020, a cotação girava em torno de R$ 4. No início de março, a divisa estrangeira atingiu o patamar de R$ 5, período de início da pandemia, e, em 14 de maio, bateu no recorde nominal, quando não se desconta a inflação: R$ 5,9718. Em 2021, até agora, o valor ficou acima de R$ 5 em todos os dias de pregão.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado perto de R$ 5,50.
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