O presidente americano, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira, 13, que o país chegou a um acordo inicial "muito amplo" com a China. Por isso, a elevação de tarifas de 10% para 15% sobre cerca de US$ 156 bilhões em bens, que estava prevista para o próximo domingo, não entrará em vigor. "Nós vamos começar as negociações da fase 2 do acordo imediatamente, em vez de esperar até depois das eleições de 2020", escreveu o republicano no Twitter.
Trump acrescentou que as tarifas existentes de 25% sobre cerca de US$ 250 bilhões em bens da China continuarão "como estão", mas o restante das importações do país terá alíquota de 7,5%.
"Este é um acordo incrível para todos!", comemorou Trump. Ele afirmou que a China concordou com "muitas mudanças estruturais" e compras "massivas" de produtos agrícolas, energia e bens manufaturados, "além de muito mais".
Mais cedo, autoridades da China já haviam anunciado o acordo sobre a "fase 1" das negociais comericial. Durante entrevista coletiva em Pequim, o vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, afirmou que os dois lados concordaram em fechar "o mais rápido possível" os procedimentos para revisar legalmente o pacto, para que ele então possa ser firmado.
As autoridades chinesas qualificaram o anúncio como um "grande avanço" no diálogo e informaram que houve concordância em avançar na cooperação comercial, o que será benéfico para os dois países. "Saudamos a entrada de serviços e produtos de qualidade dos EUA", disse uma das autoridades presentes na coletiva. Pequim prometeu importar mais serviços e produtos americanos, citando especificamente o setor agrícola, onde prometeram "grandes compras".
O governo chinês disse ainda que o acordo comercial com os EUA ajudará a impulsionar a confiança nos mercados globais, ressaltando ainda que ele não ameaçará os interesses de outros parceiros comerciais da potência asiática. Além de recuar em tarifas, os americanos aumentarão isenções para produtos chineses, informou Pequim.
As autoridades presentes na coletiva não detalharam os termos do acordo já fechado. Segundo uma delas, o documento terá de passar por procedimentos legais, revisões, traduções e outras etapas, para então ser detalhado e assinado pelos líderes dos dois países.
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