O Banco do Brasil optou por manter prolongada a taxa básica de juros, resultando em preocupações sobre a possibilidade de uma recessão técnica no Brasil. A desaceleração econômica registrada nos últimos meses intensificou essas apreensões.

As instituições financeiras Bradesco, Banco BV, Ativa Investimentos, Monte Bravo, Nova Futura e Tendências indicaram a possibilidade de uma recessão técnica ainda no segundo semestre de 2025.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Lula e Fernando Haddad

O fenômeno em questão é caracterizado por dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), o que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país. A última recessão técnica enfrentada pelo Brasil ocorreu em 2021, quando o PIB apresentou quedas de 0,4% e 0,1% no terceiro e no quarto trimestres, respectivamente. Em 2020, o país também viveu uma recessão técnica, com retrações de 2,3% e 8,9% nos dois primeiros trimestres. Contudo, isso ocorreu nos primeiros meses da pandemia de COVID-19.

Enquanto a recessão técnica se concentra na queda do PIB em dois trimestres seguidos, uma recessão plena envolve uma deterioração econômica mais abrangente. A recessão geral afeta emprego, produção e consumo; assim, indicadores como dados de emprego e produção industrial são monitorados para identificar essa condição.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2024, o desempenho econômico do Brasil foi positivo. O órgão também informou que o PIB cresceu 0,8% entre janeiro e março, 1,4% entre abril e junho e 0,9% no terceiro trimestre.

A expectativa para o quarto trimestre e o resultado anual de 2024, a serem divulgados em março, é de um crescimento de cerca de 3,5%. Mas as projeções para 2025 apontam para uma possível retração do PIB entre o segundo e o quarto trimestres, o que pode levar o país novamente a uma recessão técnica.