As transações comerciais entre o Brasil e a Arábia Saudita podem saltar dos atuais US$ 8 bilhões para US$ 20 bilhões até 2030. A estimativa foi discutida em uma reunião entre o presidente Lula e o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em novembro. O Fundo Soberano Saudita planeja investir US$ 10 bilhões no Brasil, sendo US$ 9 bilhões previstos para os próximos sete anos.
Os projetos na área de energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência e tecnologia, agropecuária e aportes em infraestrutura conectados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão entre as possibilidades de investimentos. O Governo Federal destacou o potencial do Brasil para a transição energética e ações de combate à crise climática.
Mohammed bin Salman mencionou a posição do Brasil e da Arábia Saudita como líderes econômicos de suas regiões e sinalizou que esse é um indicativo de que uma parceria mais forte e estratégica entre os dois países será interessante para todos os lados. O líder saudita demonstrou interesse em visitar o Brasil e conhecer especialmente a Amazônia.
O príncipe herdeiro mencionou a importância estratégica da presidência brasileira do G-20, que se inicia em dezembro. Mohammed bin Salman também ressaltou a entrada da Arábia Saudita no Brics, e afirmou que o país tem interesse em ter uma participação ativa no banco do bloco, o Novo Banco de Desenvolvimento.