Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, como é conhecido, deverá ser transferido para o regime semiaberto, por determinação do juiz corregedor substituto da Penitenciária Federal em Brasília, Frederico Botelho de Barros Viana. Neste tipo de pena, durante o dia, o acusado pode trabalhar ou estudar fora da penitenciária, retornando para a prisão à noite.
Fuminho é apontado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo como o braço direito de Marcola , líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC) , a maior facção do Brasil. Os dois criminosos estavam presos na mesma penitenciária em Brasília.
O homem estava em prisão federal de segurança máxima desde 2020, após passar 21 anos foragido. Essa determinação ocorreu devido ao marco temporal, onde o preso cumpriu o tempo mínimo de pena, conforme sua condenação e o bom comportamento de Fuminho.
O Ministério Público Federal e a Justiça estadual de São Paulo recorreram ao juiz corregedor pedindo uma revisão da decisão, a fim de manter o acusado em regime fechado. A solicitação ainda não foi analisada.
Veja os crimes pelos quais o membro do PCC é acusado
O criminoso fez parte da lista dos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele é apontado por ter recebido R$ 200 milhões da facção para resgatar Marcola e outros 21 líderes do PCC de presídios federais, segundo as investigações do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Fuminho também foi condenado por ser responsável por um carregamento de 450 quilos de cocaína, recebendo uma pena de 26 anos e 11 meses.
Ao todo, o homem foi condenado por tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e financiamento de fuga de líderes de organizações criminosas.