A Justiça do Ceará, por meio da 2° Vara do Júri de Fortaleza, revogou a prisão de três acusados de matar e decapitar uma mulher na cidade de Fortaleza. A decisão ocorreu em março, após o órgão entender que os criminosos, identificados como Yuri Marques Nogueira, Francisca Glaucimara Cardozo da Silva e Jadeline Silva, não representam risco à sociedade.
Ainda segundo a Justiça, não existem elementos que demonstrem que os acusados causariam risco a ordem pública em eventual liberdade, assim, foram impostas medidas cautelares diveresas da prisão, como permanecer em casa das 20h às 6h, diariamente, bem como não frequentar locais públicos e fazer uso de tornozeleira eletrônica. Eles também não podem sair de Fortaleza por mais de 8 dias e devem comparecer, obrigatoriamente, às audiências marcadas.
Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará, "o processo encontra-se em fase de instrução, etapa em que são realizadas audiências e as testemunhas são ouvidas. Após a conclusão dessa etapa, será decidido se eles irão ou não ao Júri Popular. O processo segue em andamento. Um eventual descumprimento das medidas implicará na decretação da prisão preventiva", diz trecho da decisão.
Relembre o caso
No dia 26 de novembro de 2022, Aurileide Gonçalves da Silva, conhecida como Neide, foi brutalmente assassinada na Vila do Mar, Pirambu, em Fortaleza. O crime teria sido motivado por disputa entre facções criminosas.
Neide teria familiares morando em uma área rival e o grupo encontrou fotografias em seu celular, dos parentes da vítima, fazendo gestos que eles interpretaram como sendo da facção Guardiões do Estado (GDE). Assim, segundo o grupo criminoso Comando Vermelho, Neide estaria passando informações para os rivais.
Francisca Glaucimara Cardozo teria atraído a vítima para uma emboscada, as duas eram “amigas”. Ela também teria ordenado que uma quinta pessoa, Glaudiano de Oliveira Nunes, um rapaz em situação de rua, descartasse o corpo de Neide em uma praia da cidade.
A vítima foi encontrada decapitada e com múltiplas lesões. O Ministério Público do Ceará denunciou os acusados por homicídio por motivo torpe, por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
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