O estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, estudante da Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral (CE), morreu na noite de sábado, 8. Ele foi um dos três baleados por um colega, também de 15 anos, na última quarta-feira, 6. A morte foi confirmada pelo colégio estadual, em nota de pesar.
Ele estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) com quadro irreversível de saúde e a suspeita de morte encefálica, que ainda não havia sido confirmada por necessidade de mais exames. Os outros dois adolescentes atingidos pelo colega já receberam alta.
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de nosso aluno Júlio César. Nesse momento de dor, a EEMTI Prof. Carmosina F. Gomes se solidariza com todos os familiares, amigos e comunidade e escolar e expressa as mais sinceras condolências”, disse o colégio em nota publicada no Instagram.
A governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), também se pronunciou sobre a morte pelas redes sociais. “Recebi, com profundo pesar, a notícia da morte do nosso estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, baleado após discussão na EEMTI Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, na última quarta-feira. Meus sentimentos aos familiares e amigos neste momento de dor”, escreveu.
Recebi, com profundo pesar, a notícia da morte do nosso estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, baleado após discussão na EEMTI Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, na última quarta-feira. Meus sentimentos aos familiares e amigos neste momento de dor.
— Izolda Cela (@IzoldaCelaCe) October 9, 2022
O caso
Um adolescente de 15 anos foi detido na última quarta-feira após disparar contra três colegas na escola localizada no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). O nome do dono da arma não foi divulgado.
Em depoimento à polícia, o jovem detido disse que sofria bullying dos colegas. Ele foi para a aula no horário de rotina, carregando consigo seu material escolar, e abriu fogo por volta das 10h. O vigilante da escola não percebeu que ele estava armado.
De acordo com a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), estão sendo tomadas, com frequência, ações em prol da segurança e saúde mental nos ambientes escolares.
Registros recorrentes
O ataque no Ceará não foi o primeiro no ano. No fim do mês passado, dois casos de violência em escolas foram registrados na Bahia. No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste do Estado. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola o detiveram com tiros, e ele segue internado.
A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.
No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.
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