O Governo Lula tem se empenhado cada vez mais para aumentar o volume de impostos arrecadados. Dessa vez, o poder Executivo enxergou a salvação das contas públicas após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentar um total de R$ 546 bilhões anuais em isenções fiscais. O levantamento, feito pelo Fisco, foi apresentado durante reunião para tratar de ajustes no Orçamento, e surpreendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Agora, o governo aposta na revisão de benefícios ao setor produtivo, e também pode enfrentar a resistência de entidades e grupos econômicos que ajudaram a derrubar a Medida Provisória (MP) 1.227, uma medida publicada com o objetivo de aumentar a arrecadação de impostos do Governo Federal.
Na devolução desta MP feita pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi impedida a alteração de regras que previam um limite no uso de créditos do PIS e da Cofins para abater outros tributos. Conforme o governo, o texto traria uma arrecadação de R$ 29,2 bilhões.
Durante entrevista a Uol nesta quarta-feira (26), o presidente Lula questionou se é mesmo necessário cortar gastos ou se a solução está no aumento da arrecadação de impostos. “O problema não é que tem que cortar. É preciso saber se precisa efetivamente cortar ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Como é que a gente pode falar em gastos se a gente está abrindo a mão de receber uma quantidade enorme de recursos”, falou o presidente.
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