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Brasil

Carnes de festas de fim de ano no Governo Lula sobem 12,4%

A valorização do dólar foi apontada como um dos fatores que encareceram produtos importados.

Os preços das carnes e proteínas tradicionais das festas de fim de ano tiveram um aumento médio de 12,4% em 2024, no Governo Lula, segundo levantamento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O bacalhau, muito procurado para as ceias, liderou as altas, com uma variação de 18,8%, seguido pelo pernil (15,3%) e pela carne bovina (13,5%). Produtos como peru (9,9%) e chester (11,7%) também registraram reajustes significativos, refletindo o impacto do dólar e questões climáticas na cadeia produtiva.

A valorização do dólar, que atingiu R$ 6 pela primeira vez na história durante negociações desta quinta-feira (28), foi apontada como um dos fatores que encareceram produtos importados, como o bacalhau. Já as mudanças climáticas afetaram diretamente a produção de itens nacionais. Marcio Milan, vice-presidente da Abras, recomendou aos consumidores pesquisar antes de comprar, destacando a oferta crescente de marcas próprias de supermercados como alternativa para economizar.


Além das carnes, o preço médio da cesta de Natal teve uma alta de 7,7%, subindo de R$ 321,12 em 2023 para R$ 345,83 em 2024. A região Sudeste registrou o maior reajuste (8%). Frutas, nozes e castanhas também apresentaram aumentos expressivos, com média de 14,4%. Nozes e castanhas lideraram, com alta de 16,3%, seguidas por frutas secas (15,1%) e especiais (15,0%).

As bebidas subiram, em média, 10,1%, com destaque para os vinhos importados (13,1%) e os destilados (11,1%). Espumantes e cervejas comuns tiveram reajustes semelhantes, ambos na casa dos 10,7%. Por outro lado, os doces e panetones apresentaram uma alta média de 10,2%, com os chocolates liderando a categoria, ao subir 13,6%. Panetones tradicionais e chocotones tiveram aumentos mais modestos, variando entre 7,4% e 9,8%.

A Abras sugere que o consumidor avalie os preços de marcas variadas e produtos próprios das redes de supermercados como estratégias para economizar. A combinação de fatores, como o aumento do dólar e as condições climáticas adversas, deve continuar pressionando os custos, exigindo ainda mais planejamento das famílias para as celebrações de fim de ano.

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