Em reconhecimento pelos anos de trabalho e solidariedade prestados a refugiados e imigrantes, a freira brasileira Rosita Milesi, de 79 anos foi premiada com o Prêmio Nansen do Acnur, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi a segunda vez que um brasileiro recebe a premiação.
A religiosa que é natural da cidade de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, recebeu o mesmo prêmio que já foi entregue a líderes mundiais, como a ex-chanceler alemã Angela Merkel, que foi agraciada no ano de 2022.
A freira Rosita, que faz parte das Irmãs Scalabrinianas desde 1964, atua há cerca de 40 anos em projetos de defesa de refugiados e imigrantes, em Brasília.
Trajetória de irmã Rosita com refugiados
A freira, que é Formada em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, fundou o Instituto Migrações Direitos Humanos, em Brasília, local que oferece ajuda aos refugiados de diversas nacionalidades. Rosita acompanha fluxos de refugiados que chegam ao Brasil vindos da Síria, Venezuela, Afeganistão, e também imigrantes de Cuba, Haiti e Angola.
Além disso, o instituto da irmã Rosita também gerencia a Casa Bom Samaritano, que acolhe venezuelanos em Brasília. O local oferece hospedagem, cursos de português e capacitação técnica para os acolhidos.
Antes de Rosita, o ex-arcebispo de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns recebeu o prêmio em 1985. Ele representava a Cáritas Brasileira, uma entidade que promove ações de solidariedade, nacionais e internacionais, para o atendimento a comunidades afetadas por desastres socioambientais.
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