A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi solta nesta terça-feira (1º) após ser presa no sábado (28) pela Polícia Federal em uma operação contra aliciamento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais. A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho revogou a prisão de Lauremília e de sua secretária, Tereza Cristina, impondo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de acesso a determinados bairros e órgãos públicos de João Pessoa.
As duas, que estavam detidas na Penitenciária Júlia Maranhão, foram libertadas por volta das 13 horas. A defesa de Lauremília, liderada pelo advogado Gustavo Botto, ainda busca o julgamento de um habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) para tentar suspender as medidas impostas.
A análise do pedido havia sido adiada na segunda-feira (30) após a redistribuição do processo para um novo relator, o juiz Sivanildo Torres Ferreira. A prisão de Lauremília e Tereza foi ordenada pela juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, que afirmou que ambas teriam participação ativa em um esquema ligado a uma facção criminosa para influenciar as eleições de 2024, nomeando pessoas indicadas pela facção em cargos na prefeitura.
O material apreendido nas buscas na casa de Lauremília, que também é residência do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, teve a análise suspensa devido ao foro privilegiado do prefeito. A Operação Território Livre, que resultou na prisão de Lauremília, é parte de uma investigação maior da Polícia Federal em parceria com o GAECO, que já prendeu outros envolvidos, incluindo a vereadora Raíssa Lacerda.
As investigações apontam ações de pressão sobre eleitores em bairros como São José e Alto do Mateus, coordenadas por membros de facções criminosas para garantir votos em candidatos específicos.
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