O ministro Luís Roberto Barroso tomou posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em sessão solene realizada na tarde desta quinta-feira (28). O ministro Edson Fachin assumiu a vice-presidência da Corte.
A abertura da sessão de posse foi o último ato da gestão da ministra Rosa Weber, que ficou pouco mais de um ano na presidência do STF. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O hino nacional foi cantado por Maria Bethânia – que não ganhou cachê e foi convidada pessoalmente por Barroso.
Em seu discurso de posse, Barroso lembrou dos atos do dia 8 de janeiro e acenou às Forças Armadas. “Em todo o mundo a democracia constitucional viveu momentos de sobressalto, com ataques às instituições e perda de credibilidade. Por aqui, as instituições venceram, tendo ao seu lado a presença indispensável da sociedade civil, da imprensa e do Congresso Nacional. E, justiça seja feita: na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo”, declarou.
Paridade de gênero e raça
O novo presidente do STF discorreu sobre desafios do Judiciário para os próximos anos, entre eles, a garantia da paridade de gênero e a diversidade racial. “Há dois pontos em que temos de melhorar. O primeiro: aumentar a participação de mulheres nos tribunais, com critérios de promoção que levem em conta a paridade de gênero. E, também, ampliar a diversidade racial”, ressaltou.
Críticas
O ministro também falou das críticas que a Corte Suprema recebe. “Nós sempre estaremos expostos à crítica e insatisfação e isso faz parte da vida democrática”, colocou.
Biografia
Natural de Vassouras (RJ), Luís Roberto Barroso completou dez anos de STF em junho deste ano, após assumir a vaga do ministro Ayres Britto (aposentado). É graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde é professor titular de Direito Constitucional, tem mestrado na Universidade de Yale (EUA), doutorado na UERJ e pós-doutorado na Universidade de Harvard (EUA).
Barroso foi procurador do Estado do Rio de Janeiro e advogado constitucionalista.
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