Preso desde o dia 6 de setembro de 2018, Adélio Bispo de Oliveira, que deu uma facada em Jair Bolsonaro, se recusa a tomar remédios e está sem um tratamento adequado para o transtorno delirante persistente, distúrbio que fez a Justiça considerá-lo inimputável (sem condição de responder pelos seus atos). Ele está na ala de segurança máxima da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), ocupando uma cela de 6m², de onde só pode sair para tomar banho de sol durante 2 horas por dia.
Apesar disso, Adélio tem evitado os banhos de sol, fala pouco com os outros presos e, segundo o presídio, recusa-se a receber familiares, como a irmã Maria das Graças Ramos de Oliveira.
Além disso, Adélio não reconhece ter doença mental e alega que os remédios são desnecessários e causam efeitos colaterais. Os profissionais de saúde, no entanto, relatam delírios recorrentes, com manias de perseguição e falas desconexas.
Dessa forma, sem tratamento, os médicos não atestarão eventual transferência para hospital psiquiátrico, o que é um pedido da defesa.
A investigação sobre a facada
A Polícia Federal concluiu, após o fim de dois inquéritos, que Adélio Bispo agiu sozinho, sem o envolvimento de mandantes ou ajudantes. No ano passado, as investigações foram reabertas para apurar de onde veio o financiamento aos advogados que o defenderam inicialmente.
Um inquérito da PF apura o pagamento de R$ 350 mil por parte da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a uma empresa do advogado Fernando Magalhães, que, juntamente com Zanone Oliveira Junior, defendeu Adélio logo após o crime.
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