O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande, determinou o pagamento de R$ 1,3 milhão em aposentadoria ao traficante e major aposentado da Polícia Militar, Sérgio Roberto de Carvalho, também conhecido como "Pablo Escobar Brasileiro". A informação foi divulgada pela CNN na sexta-feira (14).
Carvalho é considerado pela Polícia Federal como o maior traficante independente do Brasil e ganhou notoriedade também na Europa por sua atuação no narcotráfico internacional. O pagamento milionário foi confirmado por meio de uma decisão publicada no Diário Oficial da Justiça de Mato Grosso do Sul, na segunda-feira (10). No entanto, o magistrado indicou a necessidade de sequestro dos bens e valores do traficante, seguindo uma determinação da 14ª Vara Federal de Curitiba.
O valor da aposentadoria se refere aos pagamentos dos anos de 2011 a 2015, período em que Carvalho foi dado como morto. Ele chegou a forjar um atestado de óbito na Espanha. Em 2015, Carvalho entrou com uma ação contra a Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Mato Grosso do Sul, solicitando a revisão dos benefícios do período e o pagamento de um valor superior a R$ 500 mil.
Embora o traficante esteja preso na Bélgica, continua recebendo sua aposentadoria do Brasil. Após a tramitação da ação desde 2015 até 2022, com recursos negados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz Marcelo Andrade determinou o pagamento do valor atualizado ao traficante, totalizando R$ 1,3 milhão. No entanto, o Ministério Público Federal no Paraná solicitou o sequestro do montante, devido às atividades criminosas do ex-policial.
Portanto, Carvalho não tem acesso ao valor milionário das aposentadorias do período em que foi dado como morto. Ele retomou o recebimento como servidor aposentado pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul em 2023. Desde março, mesmo estando preso na Bélgica, o traficante recebeu aproximadamente R$ 90 mil, incluindo sua aposentadoria mensal de R$ 13,5 mil de março a junho, além de valores retroativos de cerca de R$ 50 mil.
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