No domingo, dia 7 de maio, o Partido dos Trabalhadores (PT) enviou uma notificação extrajudicial ao Google devido à associação do nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à corrupção nas sugestões de pesquisa da plataforma. Os internautas perceberam que o Google sugere o termo "corrupção" junto ao nome de Lula quando pesquisado com a palavra "coroação", enquanto para o ex-presidente Jair Bolsonaro, a plataforma sugeriu "Bolsonaro coração".
O PT alega que a associação é ilógica e configura um abuso de poder econômico por parte do Google para manipular a opinião pública. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, assinou o ofício e pediu explicações à plataforma, alegando violação do direito de livre consciência dos cidadãos brasileiros.
“A notificada está valendo-se do seu poder econômico e quase monopólio virtual para manipular a opinião pública em favor dos seus interesses privados, violando o art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal”, argumentou o PT.
O Google negou as acusações do partido e afirmou que seus sistemas automatizados não levam em conta ideologia política. Na segunda-feira, dia 8 de maio, as pesquisas com o nome de Lula já mostravam a informação de uma forma diferente: "Notícias sobre coroação, corrupção e Lula".
A big tech negou as acusações do PT. “Nossos sistemas automatizados não levam em conta ideologia política em seu funcionamento”, informou, em nota na sexta-feira 5. “Embora este seja um recurso gerado automaticamente, temos políticas que se aplicam e estamos tomando medidas para resolver o problema”, explicou o Google.
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