Nesta quinta-feira, 25 de maio, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) decretou a aposentadoria compulsória da juíza Ludmila Lins Grilo. A magistrada havia sido afastada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em fevereiro deste ano, devido a críticas ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga supostas fake news.
A decisão de aposentadoria compulsória foi assinada pelo presidente do TJ-MG, desembargador José Pereira Filho. Até o momento, não foi divulgado o motivo que levou a essa determinação.
No momento de seu afastamento pelo CNJ, Ludmila alegou ser vítima de um "assassinato de reputação" e de um "estardalhaço midiático". Em sua defesa, a juíza afirmou que passou a realizar audiências em cidades alternadas devido a ameaças relacionadas ao seu trabalho.
Ela mencionou que o Gabinete de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça recomendou que sua localização física não fosse divulgada, devido ao risco imediato à sua vida. Ludmila relatou ter providenciado sua própria segurança, trabalhando exclusivamente por meio de videoconferências.
Além do afastamento, a juíza enfrenta um segundo processo disciplinar referente a "manifestações político-partidárias" realizadas em entrevistas, eventos e nas redes sociais. O CNJ irá investigar se houve violação do dever de imparcialidade por parte da magistrada.
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