O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela manutenção da prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos do dia 8 de janeiro. A decisão foi dada nesta quinta-feira (20).
Na decisão, o ministro do STF argumentou que a manutenção de Anderson Torres se justifica pela descoberta de novos indícios de que ele teria participação em tentativas de dificultar a votação no 2º turno das eleições de 2022.
Para Alexandre de Moraes, a investigação reforçou a necessidade de manter Anderson Torres preso por conta de "depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta 'minuta golpista' e em uma 'operação golpista' da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no 2º Turno das eleições presidenciais de 2022".
Anderson Torres está preso em Brasília desde o dia 14 de janeiro. Mais cedo, Alexandre de Moraes havia autorizado a Polícia Federal a ouvir o ex-ministro no inquérito que apura as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições. A oitiva foi marcada para segunda-feira (24).
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