O presidente Lula (PT) afirmou, nessa segunda-feira (23), que a escolha do general Tomás Ribeiro Miguel Paiva para comandar o Exército se deu porque o militar pensa como ele.
“Tive uma boa conversa com o comandante, e ele pensa exatamente tudo o que tenho falado sobre a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político. Elas não existem para servir a um político. Elas existem para garantir a soberania do nosso país, sobretudo contra possíveis inimigos externos, e para garantir a tranquilidade do povo brasileiro”, declarou Lula.
Ainda de acordo com o presidente, as Forças Armadas têm papel definido na Constituição, que é o de garantir a soberania. “Penso que todas as carreiras de Estado não podem se meter na política durante o exercício da função porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, essa gente pertence ao Estado brasileiro. Portanto, eles precisam aprender democraticamente”, pontuou Lula.
Lula voltou a criticar Jair Bolsonaro e culpou o ex-presidente pela politização das Forças Armadas. “Bolsonaro conseguiu a maioria em todas as forças militares: a polícia dos Estados, a Polícia Rodoviária, uma parte da Polícia Militar e uma parte das Forças Armadas. Agora, temos um papel de muita responsabilidade, que é fazer com que o país volte à normalidade”, falou.
Sobre a demissão do ex-comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, Lula disse apenas que “não foi possível dar certo” a relação entre eles.
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