Moradores de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, usaram as redes sociais para contar o drama da cidade fluminense atingida por fortes chuvas nesta terça-feira, 15. As publicações e vídeos incluem deslizamentos, enxurradas com veículos e árvores e até relato de arrastão após os temporais. Ao menos 44 mortes já foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros.
Em uma série de publicações no Twitter, a astrônoma Geisa Ponte explicou que o muro de sua casa desabou. "Estou com meu pai na escada do vizinho. Saímos [de casa] com a água no peito. Saímos porque já estávamos correndo risco de vida e perdemos tudo", escreveu.
Saímos da casa já com a água no peito, o muro desabou, saímos porque já estávamos correndo risco de vida e perdemos tudo dentro de casa, roupas, tudo, a água ainda não baixou, não sabemos o que vai dar pra salvar
— Geisa Ponte (@geisa_ponte) February 15, 2022
Já a educadora Lana de Holanda repostou imagens de uma enxurrada de água arrastando árvores e um carro na região. "Cada ano tudo piora, as mudanças climáticas ficam mais fortes (e mais evidentes) e nada é feito. Nada", criticou.
Chocada com as imagens que chegam de Petrópolis. Cada ano tudo piora, as mudanças climáticas ficam mais fortes (e mais evidentes) e nada é feito. Nada. Estamos muito lascadas. pic.twitter.com/yvO17fDg2s
— Lana ????️⚧️ LINDA & QUEBRADA (@lanadeholanda) February 16, 2022
Em um vídeo, o youtuber Peter Jordan compartilhou que um arrastão teria acontecido no centro do município diante da tragédia. "Gente se aproveitando do caos para roubar as pessoas e lojas".
Em Petrópolis, gente morrendo, caos e ainda arrastão no centro. Gente se aproveitando do caos para roubar as pessoas e lojas
— Peter (@peterjordan100) February 16, 2022
Qual sentimento que passa em você agora? Quem defende uns desgraçados desses? da não …
Que Deus ajude esse povo pic.twitter.com/8JixjjEHKH
Em nota enviada ao Estadão, a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que em algumas regiões do comércio de Petrópolis foram registradas tentativas de arrombamentos e possíveis furtos a estabelecimentos já atingidos pelas chuvas. "Nossas equipes foram deslocadas para os pontos detectados e reforçam a segurança nesses locais".
Além do 26° Batalhão da Polícia Militar (Petrópolis), equipes do norte do Estado e da Baixada Fluminense se deslocam para o município para auxiliar na condução da operação. Equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) também partiram da capital para compor as mobilizações.
De acordo com a Defesa Civil, até o momento, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura nos pontos de apoio e foram contabilizados 207 ocorrências, dos quais 171 são por deslizamentos.
O órgão informou ainda que vários pontos do centro estão bloqueados e as aulas da rede pública foram suspensas. A prefeitura orientou que os moradores evitassem sair de casa. Confira outros relatos de populares:
Amigos, só pra atualizar: desisti de voltar pra casa. Ruas caíram, colégios, creches... Li relatos de corpos nas ruas, arrastão... Amiga da minha filha está desaparecida...
— André Garone (@BlogDoGarone) February 16, 2022
Conseguimos abrigo já. Estamos bem, na medida do possível.
Petrópolis, não.
Só teremos real dimensão amanhã
A gravidade da crise climática em dois posts:
— André Trigueiro (@andretrig) February 15, 2022
Hoje, em Petrópolis (RJ), choveu em apenas 6 horas mais do que o esperado para o mês inteiro.
(Segue) pic.twitter.com/BzcMTlDD91
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