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Polícia Federal deflagra 75ª fase da Operação Lava Jato

Operação Boeman cumpre 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Sergipe.

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã desta quarta, 23, a 75ª fase da Operação Lava Jato, denominada Boeman. para aprofundar investigações sobre supostos crimes corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos firmados por empresas do Grupo Seadrill com a Petrobrás para o fornecimento de três navios lançadores de linha (PLSV) – – embarcações que lançam linhas flexíveis no mar para fazer a conexão entre plataformas a sistemas de produção. Os contratos a construção e o posterior uso em regime de afretamento por oito anos, vigentes até os dias atuais, totalizaram US$ 2,7 bilhões indicou o Ministério Público Federal.

Cerca de 50 agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Sergipe. As ordens foram expedidas pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, que ainda bloqueio valores dos investigados.


As informações foram apresentadas ao Ministério Público Federal por lobistas que atuavam junto a funcionários da Petrobrás e agentes políticos com influência na estatal.

A PF apurou que um dos investigados supostamente obteve indevidamente informações privilegiadas junto a setores técnicos da Petrobrás para a formulação das propostas vencedoras da licitação. Já os lobistas delatores teriam ficado responsáveis por garantir, por meio de contatos políticos, que as empresas estrangeiras viessem a ser incluídas no processo.

Em paralelo às investigações, a PF recebeu informações de que autoridades holandesas também conduziam investigações relacionadas a ‘ilicitudes perpetradas para o fornecimento dos navios lançadores de linha (PLSV)’.

“As empresas estrangeiras vencedoras da licitação, posteriormente, subcontrataram uma companhia holandesa para execução do serviço licitado, a qual era representada por um dos empresários brasileiros investigado, e que, em virtude dos acertos espúrios, também realizou pagamentos ilícitos aos envolvidos”, registrou a PF em nota.

Segundo a corporação, a ofensiva deflagrada nesta manhã busca ‘fazer cessar a atividade delitiva, aprofundar o rastreamento dos recursos de origem criminosa (propina) e a conclusão da investigação policial em todas as suas circunstâncias, inclusive com autorização para compartilhamento dos seus resultados com as autoridades da Holanda’.

A PF indicou que a investigação foi batizada de Boeman em referência ‘à criatura mítica da Holanda popularmente conhecida como “bicho-papão”’.

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