O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro o teria demitido pelo telefone em ligação na noite de 23 de abril. Segundo o ex-chefe da corporação, ele percebeu durante o dia diversas mensagens não atendidas e ligações do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, solicitando a Valeixo retornar as ligações de Bolsonaro.
Ao fazer isso, o presidente teria comunicado a Valeixo que ele seria exonerado no dia seguinte e perguntou se poderia ser a ‘a pedido’. Nenhuma alternativa para sua permanência foi oferecida e seu pedido de exoneração não foi oficializado. À PF, Valeixo disse que também ‘não tinha intenção de continuar na função’.
Segundo Valeixo, antes da ligação de Bolsonaro, na tarde do mesmo dia, Moro teria lhe perguntado se estaria tudo bem ser exonerado ‘a pedido’, desde que conseguisse o compromisso do presidente da República nomear o delegado Disney Rossetti, então número dois da PF, em seu lugar. “Nesse caso, o depoente concordou que, se necessário, faria uma solicitação formal ao ex-ministro de exoneração ‘a pedido'”.
Valeixo afirmou à Polícia Federal que não condicionou sua saída a qualquer cargo no Brasil ou no exterior.
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