Três suspeitos de participação no assassinato da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama (SP), vão a Júri Popular.
O juiz Roberto de Carvalho, da Vara Criminal, da Infância e Juventude de São Roque, proferiu, na quarta-feira, 26, a sentença na qual pronunciou o pedreiro Júlio César Lima Ergesse, de 24 anos, Bruno Marcel de Oliveira, o "Mancha", de 33, e Mayara Borges de Abrantes, de 24, pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver.
- Foto: Facebook/Vitória Gabrielly Vitória Gabrielly
Na sentença, o juiz afirmou que o julgamento pelo tribunal popular se trata de “uma das raríssimas situações do direito processual penal que não é permeado pelo princípio do in dubio pro reo”. “Aqui”, continuou, “a dúvida milita em favor da sociedade que, através do julgamento pelo Tribunal do Júri, decidirá sobre essa certeza.
Ainda segundo o juiz, o caso ganhou notoriedade pelo fato de se tratar de uma adolescente que, ao ser confundida com a irmã de um rapaz com dívidas de drogas, foi sequestrada pelos três acusados que a agrediram por horas. Após perceberem que o caso havia tomado grandes proporções, eles a assassinaram.
No dia 22 de maio deste ano, a Polícia Civil prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante Vitória. Odilan Alves, de 35 anos, é apontado como comandante do tráfico na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia R$ 7 mil ao traficante.
O caso
O assassinato de Vitória mobilizou e comoveu a população de Araçariguama. Imagens de uma câmera mostraram a estudante andando de patins perto do ginásio de esportes da cidade, antes de desaparecer, no dia 8 de junho de 2018. A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, à margem de uma estrada rural.
De acordo com o laudos do Instituto de Criminalística, o corpo da menina apresentava lesões internas na musculatura cervical e cianose nas extremidades, indicando que a vítima morreu de asfixia mecânica causada por estrangulamento. Marcas nos braços e pernas também indicaram que ela tentou se defender do agressor e teria sido amarrada pelos braços e tornozelos.
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