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Juan Guaidó chega a Brasília para encontro com Bolsonaro

Reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela, o líder opositor discutirá com o presidente brasileiro os próximos passos no esforço de construir uma transição do ch

O líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela e que busca maior apoio do Brasil, chegou na madrugada desta quinta-feira, 28, a Brasília. Ele será recebido à tarde pelo presidente Jair Bolsonaro, antes de retornar a Caracas, para discutir os próximos passos no esforço de construir uma transição do chavismo.

O avião pousou no Aeroporto Internacional de Brasília à 1h40. Bolsonaro "receberá Guaidó em uma visita pessoal" às 14h no Palácio do Planalto, indicou na quarta-feira o porta-voz da Presidência brasileira, Otávio Rêgo Barros.


  • Foto: AP Photo/Fernando LlanoO líder opositor venezuelnao, Juan Guaído, discursa em CaracasO líder opositor venezuelnao, Juan Guaído, discursa em Caracas

A representante diplomática de Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria, destacou que o líder opositor será recebido também "por numerosos representantes de delegações diplomáticas presentes em Brasília que o reconhecem como o presidente interino legítimo da Venezuela".

Guaidó, que burlou uma ordem que o proibia de sair da Venezuela, participou na segunda-feira em Bogotá de uma reunião do Grupo de Lima. Nela, os membros do bloco - uma dezena de países latino-americanos e o Canadá - se comprometeram a estreitar o cerco econômico e diplomático ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas sem recorrer à força, possibilidade que os Estados Unidos haviam deixado em aberto.

"O Brasil foi um dos países que, ao lado do Peru, foram mais categóricos com relação (a se opor) à lógica militarista que queriam impor na segunda-feira", disse Ronald Rodríguez, do Observatório da Venezuela da Universidad del Rosario. A viagem de Guaidó adquire mais peso pois ele pode "coordenar-se melhor com o Brasil" antes de voltar à Venezuela.

Bolsonaro é um forte crítico de Maduro. Os países que desconhecem o chavista como presidente, a exemplo do Brasil, alegam que sua eleição foi fraudulenta.

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