Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, desde o início da tarde deste domingo, 13, para protestar contra a condenação do ex-presidente. Lula responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e está preso em Curitiba desde 7 abril de 2018.
Participaram do ato lideranças do partido como a presidente e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), o candidato derrotado à Presidência pelo partido em 2018, Fernando Haddad, e o vereador Eduardo Suplicy. A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) e Guilherme Boulos também estiveram lá. Os manifestantes levaram um grande boneco com os dizeres 'Lula livre' e se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).
Ao Estado, Fernando Haddad afirmou, sobre as eleições municipais de 2020, que "não tem hipótese de ser cada um por si na esquerda em 2020". "Sempre é possível estarmos juntos. Mas cada cidade é uma questão diferente", disse. Guilherme Boulos, que se lançou candidato à Presidência pelo PSOL no ano passado, afirmou que o maior erro que a esquerda "pode cometer nesse momento é jogar 2019 e 2020 com a cabeça em 2022". Ele negou que defender Lula livre seja uma agenda de um partido. "É uma agenda democrática".
Segundo os organizadores, a manifestação buscou denunciar falhas no processo que levou à prisão do ex-presidente, após condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. No final de setembro, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato entregaram à juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do petista, uma manifestação pedindo a transferência de Lula para o regime semiaberto. Como resposta, ele escreveu uma carta respondendo que não aceita “barganhar” seus direitos e sua liberdade.
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